domingo, 7 de fevereiro de 2021

Cidade Invisível: o folclore brasileiro nas telinhas

Cidade Invisível é uma série baseada na literatura fantástica brasileira com um elenco sensacional que teve sua estreia em 5 de Fevereiro de 2021. A história foi desenvolvida e adaptada pelos roteiristas Raphael Draccon e Carolina Munhóz e assinada pelo diretor Carlos Saldanha.
Cidade Invisível dá vida a personagens do folclore brasileiro em um enredo brilhante cheia de mistérios e descobertas capaz de prender os telespectadores no sofá desejando como nunca o desenrolar da trama.
Há algum tempo muitos brasileiros gostariam de ver algo que lembrasse nossas raízes. Ao pensar em obras que trabalharam para incentivar e endeusar nosso querido folclore brasileiro, só me vem a memória espetáculos infantis como O Sítio do Picapau Amarelo e O Castelo Rá-tim-bum, ambos voltados ao público infantil. 
Não consigo me lembrar no momento de alguma produção cinematográfica para os maiorzinhos que tenha ligação ao querido folclore brasileiro. (Me contem se lembrarem de algo, quero ver também) E é aqui que entra a nostalgia e a tarefa um pouco difícil talvez, em adaptar uma herança cultural tão forte, tão presente, tão amada e ao mesmo tempo tão temida por muitos de nós.

A série se passa nos dias de hoje, nos arredores do Rio de Janeiro para ser mais específica, em um vilarejo com nome Vila Toré e conta a história de um detetive da Polícia Ambiental que encontra um boto cor-de-rosa morto na praia, o que acaba por envolvê-lo em uma busca frenética para desvendar a história de um assassinato que o faz se deparar com coisas que a sua imaginação não o permite acreditar.
Eric (Marco Pigossi) começa a descobrir que existe um mundo de criaturas folclóricas fantásticas escondido dentro do nosso mundo real. E envolve-se cada vez mais com sua nova descoberta a fim de respostas e obviamente de provas capazes de evidenciar tudo o que ele está descobrindo e tem receio de estar enlouquecendo.
Cidade Invisível traz criaturas como a Cuca (Alessandra Negrini), o Saci (Wesley Guimarães), o Curupira (Fábio Lago), o Boto (Victor Sparapane), Caipora (Jimmy London) e Iara (Jessica Cores) disfarçados em nosso *mundo real* em uma luta contra um inimigo que se reergueu contra eles depois de muito tempo e usa corpos humanos para se manifestar e ir atrás daquele que o matou com o intuito de vingar sua própria morte.
Confesso que fiquei encantada com a beleza da série e a adaptação dos personagens como pessoas reais, com trabalhos e vida de humanos reais, vivendo quietinhos até que algo os incomode e eles precisem agir. 
A Cuca é dona de um bar onde tem o Caipora como uma espécie de segurança (não entendi muito bem o papel dele, seria um faz tudo, o que faz o trabalho sujo, sabe?) e a Iara encantando a todos com sua voz maravilhosa. Saci aparece como um empregado da Cuca, mas que faz uns serviços externos e esporádicos enquanto o mais poderoso deles, o Curupira, que costumava ser o líder do bando, vive lamentando-se e com medo de viver ou de que algo vivesse para vir atrás dele e vingar-se.
A primeira temporada foi devorada por nós aqui como se não houvesse amanhã 😂 e já estamos aguardando a próxima temporada ansiosamente.
Obrigada Netflix por esta obra-prima!
Valeu super a pena nossas horas investidas em desvendar os mistérios da Cidade Invisível.


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