sábado, 12 de junho de 2021

Dia dos namorados: o que assistir para aquecer o coraçãozinho

Hoje, 12 de junho, é comemorado o dia dos namorados aqui no Brasil. A tradição é que os apaixonados troquem presentes e passem momentos gostosos juntos para lembrar do quanto se amam e gostam da companhia um do outro.

Este ano, o clima está bem friozinho por aqui, então nada melhor do que preparar as cobertas, uma pipoca e curtir uns filminhos românticos juntinho do mozão. E se você não tem mozão ou não mora com ele e está respeitando o distanciamento certinho, pega aquela caneca grandona de chocolate quente com um baldão de pipoca e bora escolher um dos títulos que serão citados a seguir.

Separei cinco títulos bem gostosinhos de assistir, vamos lá?


1- A Barraca do Beijo

Disponível na Netflix, a barraca do beijo é um romance super fofo com todo aquele drama adolescente que a gente ama e sonha a vida toda em ter algo assim. Muito divertido e cheio dos clichês mais românticos e atuais do universo cinematográfico. Vale bastante a pena assistir a esse filme e a melhor parte é que já tem o 1 e o 2 para ver sequencialmente. Prepare-se para se apaixonar e viver junto com a Elle uma historinha bem gostosinha!

2- Simplesmente Acontece

Um dos meus filmes favoritos da vida tinha que estar nessa lista de recomendados, né? Simplesmente acontece é um romance gostoso, simples e que vai acontecendo naturalmente mesmo com todos os empecilhos colocados no meio do caminho do casal apaixonado. Sam Claffin é um dos meus galãs favoritos e sempre derrete meu coração, mas isso não precisa ser muito considerado, já que o filme também tem a maravilhosa Lily James! Prepara o lencinho e o coraçãozinho porque essa é uma obra criada especialmente para mexer com os sentimentos até de quem nem lembra que tem!

3- Ironias do Amor

Aquele romance cheio de reviravoltas e que faz a gente acreditar que o amor acontece exatamente quando tem de acontecer! Esse filme me faz chorar todas as vezes que eu o assisto exatamente por ser tão guiado ao final feliz de todas as formas possíveis. Há quem diga que é cheio de gatilhos emocionais, de coisas que despertam sentimentos ruins, mas eu prefiro acreditar que ele mostra que mesmo tendo o lado ruim de algumas situações, existe o lado bom de todas elas: basta sabermos onde, quando e por quanto tempo procurá-las.

4- Da Magia à Sedução

Esse sem dúvidas é um dos meus favoritos da vida toda - ok, estou indicando só os favoritos mas é isso -. Um filme que me marcou desde que eu assistia quando era bem criancinha. Que envolve toda a magia e poder que uma mulher tem mesmo sem nem imaginar que é capaz de tanto. Além de ter Sandra Bullock e Nicole Kidman como as bruxas mais lindas do universo cinematográfico, esse filme não é só um romance bobinho. Ele mostra MUITO o poder feminino em sua forma mais pura e, se você não presta atenção perde o contexto total desse romance leve e gostosinho. Cada vez que assisto fico mais encantada com a forma como essa obra lida com a virtude da magia que cada mulher carrega em si. Está super recomendado para as mulheres que desejam se amar mais do que tudo!

5- A Teoria de Tudo

Para fechar com chave de ouro, o filme que conta a história de amor do astrofísico Stephen Hawking. Cheio de superação e muito amor, neste filme nós vemos a vida amorosa, as dificuldades e nos apaixonamos pelo casal que se surpreende a cada obstáculo superado juntos. Um exemplo de como casais devem lidar uns com os outros. Vale muito a pena assistir para se inspirar e não aceitar menos do que você merece seja neste ou no seu próximo relacionamento.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Hellboy II: O Exército Dourado (2008)

Já que começamos com o garotinho do inferno, continuemos, né? Hahaha!

Bom, no segundo filme, eu já estava mais aberta e acostumada aos personagens, diria que até apegada. A sequência trouxe um visual ainda mais fantástico, graças à mente criativa de Guillermo del Toro. A mistura de criaturas bizarras e encantadoras, somada à estética de contos de fadas sombrios, fez com que o filme se destacasse visualmente. Foi aqui que me peguei verdadeiramente envolvida pela mitologia do universo de Hellboy.

O que mais me chamou a atenção foi como o filme equilibrou a ação frenética com momentos de pura emoção. Diferente do primeiro filme, que foca mais no surgimento e aceitação do Hellboy como herói, essa sequência vai além e aprofunda as questões internas dos personagens. O Hellboy não é apenas um cara forte e sarcástico que enfrenta monstros; ele carrega o peso de ser uma criatura que vive entre dois mundos, sempre questionando seu papel tanto entre os humanos quanto no mundo sobrenatural. E acho que esse dilema é algo que faz a gente simpatizar ainda mais com ele.

Outro ponto que achei interessante foi o desenvolvimento da relação dele com a Liz Sherman. No primeiro filme, a dinâmica entre eles já era intrigante, mas em "O Exército Dourado", essa relação evolui e traz momentos mais sensíveis. As interações entre os dois mostram que, mesmo em um universo cheio de seres mitológicos e ameaças sobrenaturais, os dramas pessoais e as questões de relacionamento ainda são centrais para os personagens. Isso cria um contraste bonito com as batalhas épicas e os cenários grandiosos que o filme oferece.

Ah, falando em batalhas épicas, o vilão desta vez, o príncipe Nuada, é simplesmente fascinante. Ele é um daqueles antagonistas que a gente consegue entender, sabe? A motivação dele para despertar o Exército Dourado e proteger o mundo místico da extinção faz com que, em alguns momentos, você até questione se ele está realmente errado. Essa dualidade é algo que gosto muito em filmes de fantasia: nem sempre o vilão é simplesmente "malvado". Há camadas, motivações e um propósito, e isso torna a trama muito mais envolvente.

Além disso, o filme nos presenteia com Abe Sapien, que ganha um destaque maior nessa sequência. Ele, assim como Hellboy, está em uma jornada de autodescoberta, e vê-lo lidando com seus próprios conflitos internos traz uma camada extra ao filme. A amizade entre Abe e Hellboy também cresce e se solidifica, oferecendo momentos de leveza e, ao mesmo tempo, de profundidade emocional.

No geral, “Hellboy II: O Exército Dourado” consegue ser uma sequência ainda mais impressionante e envolvente que o primeiro filme. As criaturas são mais complexas, os cenários são de tirar o fôlego e os dilemas dos personagens nos fazem refletir sobre temas mais universais, como identidade, pertencimento e escolhas morais. Para mim, foi uma experiência imersiva, que me fez torcer ainda mais pelo Hellboy e sua turma. Definitivamente, um filme que soube expandir e enriquecer o universo criado por del Toro.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Cidade Invisível: o folclore brasileiro nas telinhas

Cidade Invisível é uma série baseada na literatura fantástica brasileira com um elenco sensacional que teve sua estreia em 5 de Fevereiro de 2021. A história foi desenvolvida e adaptada pelos roteiristas Raphael Draccon e Carolina Munhóz e assinada pelo diretor Carlos Saldanha.
Cidade Invisível dá vida a personagens do folclore brasileiro em um enredo brilhante cheia de mistérios e descobertas capaz de prender os telespectadores no sofá desejando como nunca o desenrolar da trama.
Há algum tempo muitos brasileiros gostariam de ver algo que lembrasse nossas raízes. Ao pensar em obras que trabalharam para incentivar e endeusar nosso querido folclore brasileiro, só me vem a memória espetáculos infantis como O Sítio do Picapau Amarelo e O Castelo Rá-tim-bum, ambos voltados ao público infantil. 
Não consigo me lembrar no momento de alguma produção cinematográfica para os maiorzinhos que tenha ligação ao querido folclore brasileiro. (Me contem se lembrarem de algo, quero ver também) E é aqui que entra a nostalgia e a tarefa um pouco difícil talvez, em adaptar uma herança cultural tão forte, tão presente, tão amada e ao mesmo tempo tão temida por muitos de nós.

A série se passa nos dias de hoje, nos arredores do Rio de Janeiro para ser mais específica, em um vilarejo com nome Vila Toré e conta a história de um detetive da Polícia Ambiental que encontra um boto cor-de-rosa morto na praia, o que acaba por envolvê-lo em uma busca frenética para desvendar a história de um assassinato que o faz se deparar com coisas que a sua imaginação não o permite acreditar.
Eric (Marco Pigossi) começa a descobrir que existe um mundo de criaturas folclóricas fantásticas escondido dentro do nosso mundo real. E envolve-se cada vez mais com sua nova descoberta a fim de respostas e obviamente de provas capazes de evidenciar tudo o que ele está descobrindo e tem receio de estar enlouquecendo.
Cidade Invisível traz criaturas como a Cuca (Alessandra Negrini), o Saci (Wesley Guimarães), o Curupira (Fábio Lago), o Boto (Victor Sparapane), Caipora (Jimmy London) e Iara (Jessica Cores) disfarçados em nosso *mundo real* em uma luta contra um inimigo que se reergueu contra eles depois de muito tempo e usa corpos humanos para se manifestar e ir atrás daquele que o matou com o intuito de vingar sua própria morte.
Confesso que fiquei encantada com a beleza da série e a adaptação dos personagens como pessoas reais, com trabalhos e vida de humanos reais, vivendo quietinhos até que algo os incomode e eles precisem agir. 
A Cuca é dona de um bar onde tem o Caipora como uma espécie de segurança (não entendi muito bem o papel dele, seria um faz tudo, o que faz o trabalho sujo, sabe?) e a Iara encantando a todos com sua voz maravilhosa. Saci aparece como um empregado da Cuca, mas que faz uns serviços externos e esporádicos enquanto o mais poderoso deles, o Curupira, que costumava ser o líder do bando, vive lamentando-se e com medo de viver ou de que algo vivesse para vir atrás dele e vingar-se.
A primeira temporada foi devorada por nós aqui como se não houvesse amanhã 😂 e já estamos aguardando a próxima temporada ansiosamente.
Obrigada Netflix por esta obra-prima!
Valeu super a pena nossas horas investidas em desvendar os mistérios da Cidade Invisível.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

How to get away with murder: como manipular as pessoas ao seu redor

How to Get Away with Murder é uma série que teve 6 temporadas incríveis e foi capaz de fazer milhares de telespectadores torcerem para que todos os crimes não fossem descobertos e punidos no final. Annalise Keating, a brilhante e enigmática professora de Direito Criminal, é uma mestre em manipular e controlar o ambiente ao seu redor — seja por sua inteligência afiada, sua presença imponente ou sua capacidade de envolver todos em sua teia de segredos.

Annalise, interpretada de forma magistral por Viola Davis, não é uma personagem qualquer. Desde o início da série, ela se destaca não apenas por seu conhecimento jurídico, mas também por sua habilidade de escolher a dedo uma equipe de estagiários — aleatoriamente ou não. Esses jovens, cada um com suas ambições, inseguranças e segredos próprios, acabam se tornando peças-chave em seu jogo complexo de poder, manipulação e, claro, assassinatos.

Ao longo da série, fica claro que Annalise não apenas escolhe essas pessoas por suas capacidades acadêmicas, mas também por suas fraquezas e traumas. Ela sabe exatamente como explorar as vulnerabilidades de cada um de seus alunos para mantê-los por perto e leais, mesmo quando as situações saem do controle. Isso, para mim, foi uma das coisas mais fascinantes sobre a série. A forma como a manipulação não é feita apenas de forma direta, mas por meio de relações emocionais, criando dependência e um senso de dívida moral.

Outro aspecto fascinante da série é o fato de que, apesar de Annalise ser uma manipuladora nata, muitas vezes vemos que ela também está sendo manipulada. Isso traz uma camada de complexidade à narrativa, mostrando que, por mais poderosa e controladora que ela seja, há momentos em que o jogo vira contra ela. Seus inimigos são tão espertos quanto, e o público é constantemente lembrado de que, em um mundo cheio de intrigas, confiança é algo extremamente raro e volátil.

A série também faz um excelente trabalho ao explorar o impacto psicológico que viver nesse ambiente tóxico e cheio de segredos tem nos personagens. Eles começam a questionar suas próprias moralidades, limites e até mesmo suas sanidades. Em muitos momentos, você se pergunta: será que a Annalise se importa genuinamente com essas pessoas, ou ela as vê apenas como ferramentas para seus próprios fins? E essa ambiguidade é o que torna How to Get Away with Murder tão envolvente.

Os flashbacks e flashforwards, uma técnica narrativa usada exaustivamente na série, também intensificam essa sensação de manipulação. O espectador nunca sabe ao certo quem está falando a verdade, quem está encobrindo algo ou quem será o próximo a ser puxado para o abismo das consequências dos crimes. Tudo isso cria uma atmosfera de tensão constante, onde cada episódio termina com uma reviravolta chocante.

Ao longo das temporadas, o que inicialmente parecia ser apenas mais uma série de crimes se transforma em algo muito mais profundo e sombrio. A manipulação deixa de ser apenas um jogo de poder e passa a se tornar uma questão de sobrevivência. Annalise, os alunos e até mesmo os personagens coadjuvantes estão em uma luta constante para manter suas máscaras no lugar, enquanto o caos se desenrola ao redor deles.

No fim, How to Get Away with Murder nos faz questionar nossos próprios conceitos de certo e errado. Afinal, por que nos sentimos tão atraídos por personagens moralmente ambíguos como Annalise? Talvez porque, em um mundo tão controlado por regras e normas sociais, é fascinante ver alguém desafiar tudo isso e, de certa forma, "escapar".